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Guariba

(em extino)

Mico Leo Preto

(Leontopithecus chrysopygus)

Redescoberto, mas com perigo de se extinguir

At 40 anos atrs, todo o Pontal do Paranapanema, que fica no sudoeste do estado de So Paulo, era coberto por florestas e protegido por lei. nessa rea que pasta o maior rebanho do Estado. A nica mancha verde que sobrou num raio de mais de 300 mil hectares o Parque Estadual do Morro do Diabo, onde vivem quase todos os micos-lees-pretos que existem no mundo. Das quatro espcies, o mico mais ameaado. Considerados extintos por mais de cinqenta anos, os micos-lees-pretos foram redescobertos em 1971 pelo professor Aldemar Coimbra Filho. Nos 34 mil hectares do Parque, cerca de 800 micos convivem com sagis, bugios e macacos-pregos.

A devastao vista de cima do Morro do Diabo

Do Morro do Diabo, a seiscentos metros de altura, fcil identificar a rea do Parque Estadual e as perdas que ele sofreu nos ltimos anos. A construo da estrada que corta a reserva destruiu dois mil hectares de mata. Outros dois mil foram inundados com a hidreltrica de Rosana. Ip-roxo, peroba-rosa, pau-marfim, cabreva e muitas outras rvores foram derrubadas para dar lugar represa. Uma "operao resgate" retirou da fauna, rica e variada, diversos animais que seriam mortos com a inundao. Entre eles estavam vinte e um micos-lees-pretos, transferidos para o zoolgico de So Paulo. Antes disso, apenas o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro tinha mico-leo-preto em cativeiro.

As organizaes internacionais, em convnio com entidades brasileiras, uma vez mais comeam a se mobilizar. Uma delas, a The Nature Conservancy, com sede em Washington, tem investido em pesquisas sobre a fauna e a flora e at em compra de terras na regio da Guaraqueaba, desde que essas terras sejam istradas pelo governo brasileiro.

Em 1991, a Organizao das Naes Unidas transformou a rea em Reserva da Biosfera. a primeira no Brasil e outras devem ser criadas nos remanescentes da Mata Atlntica. A deciso da ONU um reconhecimento da importncia desse ecossistema. E um convite aos governos e organizaes internacionais para que todos se unam na busca do conhecimento e preservao da floresta e dos animais que so do Brasil, mas tm importncia para toda a humanidade.

Os Pequenos Lees da Mata Atlntica so o smbolo dessa luta.

Quando o Brasil foi descoberto, a floresta atlntica cobria o litoral do pas, de norte a sul. A derrubada da mata comeou na colonizao e no parou mais. Hoje resta entre 2 e 5% da floresta considerada das mais ricas do mundo. A mais nova espcie de mico-leo foi descoberta na terra dos pescadores artesos da regio de Guaraqueaba, no norte do estado do Paran. uma regio especial. Do lado do continente, a Serra do Mar faz uma barreira de proteo para o maior conjunto de remanescentes da Mata Atlntica. So ao todo 314 mil hectares de um cenrio quase to desconhecido quanto belo. Toda a regio, que vai da serra ao oceano, protegida por lei e s pode ser explorada com autorizao do Ibama. Nas duas grande ilhas do esturio, as restries so maiores. Elas formam o Parque Nacional do Superagui, formado por mais de 21 mil hectares de restingas, florestas e manguezais. Foi numa mata como essa que o mico-leo-de-cara-preta foi visto pela primeira vez. Capturado pelos ndios guaranis que vivem na ilha, o mico tornou-se o animal de estimao da tribo. Quando os cientistas souberam da existncia dele, fizeram um registro do mico caiara e o devolveram para a mata. S ficaram as fotografias. Depois disso, duas equipes de cientistas aram a estudar o mico de cara preta. O primeiro desafio descobrir quantos eles so e a rea que ocupam.

Fora do Morro do Diabo restam apenas 200 micos-lees-pretos na natureza. A maioria vive em ilhas de mata em propriedades particulares. Em uma fazenda de reflorestamento de eucaliptos, localizada na regio central do estado de So Paulo, 8 famlias com 44 micos-lees-pretos esto sendo protegidas e estudadas. Dos 11 mil hectares de rea, a fazenda preservou 590 hectares de mata nativa. nesse pedao da floresta que o bilogo Cludio Pdua e um grupo de pesquisadores fazem seus estudos.

Cludio Pdua, bilogo, diz:

"A preservao da espcie no pode ficar toda na mo do poder pblico. preciso que haja um envolvimento das propriedades particulares. Na fazenda em que estou atuando h uma mata preservada junto com eucalipto. Na verdade o retorno no s de preservao, mas o retorno de benefcio para a prpria mata, para a plantao da fazenda, na forma de uma boa qualidade de gua e da mata de eucalipto. como se houvesse uma barreira para proteger a mata de eucalipto".

Desde 1981 Cludio Pdua vem trabalhando com os micos-lees-pretos, estudando a espcie e o que restou de seu hbitat. Fez um levantamento de quantos micos ainda existiam e chegou ao nmero de mil indivduos. Mesmo com uma populao grande, esse o mais ameaado dos micos-lees. Todos eles so descendentes de uma mesma famlia e ocupam reas muito pequenas e isoladas. Por isso, a proposta de Cludio Pdua preservar as poucas reas que restam e nelas distribuir animais que no sejam parentes muito prximos.

Pdua segue:

"Ns vamos comear a trabalhar agora com o mico-leo-caiara, que foi recentemente descoberto no litoral do estado do Paran, usando tecnologia de manejo conservacionista do mico-leo-preto. impressionante: em 1990 ns ainda estamos descobrindo uma nova espcie de primata na Mata Atlntica. Quer dizer, sabemos to pouco da Mata Atlntica e estamos destruindo o que a gente no conhece".

Ainda h reas com o s de barco. A dificuldade de o atrasou e continua dificultando a presena do homem. Transporte, s por barco. Os 9 mil habitantes das ilhas sobrevivem, quase todos, do que tiram do mar e do fundo das baas. Os pescadores esto espalhados por pequenas comunidades, a maioria sem gua, luz ou posto de sade.

Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: primates
Famlia: Cebidae

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