Durante o perodo da ocupao holandesa no Rio Grande do Norte, os ndios das tribos guerreiras dos Caninds e Jandus habitantes pioneiros da regio, aliaram-se aos invasores. Com o advento do levante indgena chamado Guerra dos Brbaros, chegaram ao territrio vrios destacamentos armados, comandados por Domingos Jorge Velho, com o objetivo de acalmar a regio. O TOPNIMO DE PARELHAS (por Tertuliano Pereira Neto) O Topnimo deste municpio teve origem numa competio esportiva conhecida como parelhas, muito comum na regio em meados do sculo XIX. Por ter suas vrzeas planas e extensas a localidade conhecida como Boqueiro, s margens do rio Serid, tornou-se ponto de encontro tradicional de cavaleiros da poca, que disputavam corridas montadas em seus cavalos, sempre em duplas ou parelhas, numa espcie de jquei rstico. O evento atraia habitantes de toda a redondeza e chegou a ser atrao domingueira para as corridas, com direito a prmio e festejos. O local ou a ser conhecido como boqueiro de parelhas. AS ORIGENS DO MUNICPIO Depois da agem por aqui, do bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1688, a primeira ocupao do solo parelhense aconteceu em 1700, com o tenente Francisco Fernandes de Souza eu requereu e ganhou um a sesmaria de trs lguas quadradas incluindo a localidade denominada Boqueiro. Depois, s em meados do sculo XIX, j com um aglomerado de casas construdas s margens do rio serid, que se tem informao mais concreta do povoamento. Foi quando se estabeleceu epidemia da clera morbus que, praticamente matou ou ps debandada a pequena populao local. Poucas famlias sobreviveram a doena entre estas estavam, Cosme Luiz, Sebastio Gomes de Oliveira e Flix Gomes. A partir da os registros histricos so seqenciados, principalmente a partir de 1856, com a construo da capela de So Sebastio, em agradecimento a uma graa alcanada por Cosme Luiz e Sebastio Gomes (Sebastio Chocalho), que, segundo a histria, pediram o fim da epidemia no local e foram atendidos. Neste ano de 1856 ficou oficialmente convencionada a fundao da vila de Parelhas. Dos marcos histricos da poca apenas trs no conhecidos: a Igreja Matriz de So Sebastio, o cemitrio dos colricos do Boqueiro e outro do povoado Juazeiro. O do Boqueiro infelizmente desapareceu em 2003 quando a Prefeitura construiu sobre ele uma praa pblica. J no Juazeiro o cemitrio memorial do colrico ainda est preservado, com seus muros de pedra e argamassa como tambm a estrutura do oratrio (capela) e que dever ser restaurado neste final de 2005. Este cemitrio secular foi construdo por Virgnio Vaz de Carvalho, pai do patriarca Bernardino de Sena e Silva. Logo ao terminar a obra Virginio e seu filho Manoel Vaz, contraram a clera, vindo a falecer, sendo ali sepultados. 70 ANOS MAIS TARDE
Depois de ganhar a categoria
de municpio, em 1927, Parelhas teve importante participao na poltica do
estado, com a Revoluo de 1930, durante o governo do interventor Mario Cmara,
que, em 1933 nomeou para prefeito de Parelhas o comerciante e fazendeiro
paraibano, Ageu de Castro, lder da faco Liberal ou pelabucho, que entrou em
confronto armado com os militantes do Partido Popular, conhecido no Rio Grande
do Norte como Perrepistas. Os Perrepistas eram liderados em Parelhas pelo
fazendeiro Florncio Luciano com o apoio de toda a elite de coronis da regio.
REFERENCIAIS HISTRICOS Os efeitos da expanso urbana desordenada e a falta de polticas pblicas voltadas para a rea de Histria e Cultura e ainda a influencia da ditadura militar, a partir dos anos 60, fizeram desaparecer praticamente todo o referencial histrico e cultural de Parelhas, entre monumentos e documentrios; dificultando sobremaneira o resgate e aprofundamento da memria. |